sábado, 21 de junho de 2014

Primitivo de Manduria


Não me lembro de ter degustado vinho igual!
Me faltam palavras para expressar o quão  grande e saboroso é esse vinho.

A começar pelo equilíbrio, 16,5% vol alcoólico com um corpo sedutor, muito elegante e persistente, notas de marmelo, frutas em compotas, figo, goiabada e etc. Na boca uma explosão de sabores todas as notas que saltavam na taça, agora pronunciavam nas papilas com uma saborosidade e persistência incrível.

Recomendo em dias difíceis, por que com certeza, irá alegra-lo.

Me feliz em ter a oportunidade de provar e difividir com vocês.

domingo, 15 de junho de 2014

Vinho Verde

Vinho Verde, produzido, exclusivamente em Portugal, na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, constitui uma denominação de origem controlada cuja demarcação remonta a 1908. O Vinho Verde é único no mundo. Na grande maioria, vinhos leves e frescos, produzido na província do Minho, no noroeste de Portugal, uma região costeira geograficamente bem localizada para a produção de excelentes vinhos brancos. Berço da emblematica casta Alvarinho e produtora de vinhos de lote únicos com capacidade de guarda e vinhos esplendidos, a Região dos Vinhos Verdes oferece um conjunto ímpar de vinhos muito gastronómicos.



Uma DOC que se divide em nove sub regiões, todas com carateristicas e terroar diferentes e a mais atlântica e regra para a Alvarinho é Monção e Melgaço, DOC onde ela se expressa com exuberância, aromas de pêra, cítrico e mineral. Na boca com uma acidez sempre vivaz um bom volume, e muito elegante.

Eu particulamente gosto de harmoniza-lo com bacalhau, frutos do mar e peixes, embora as vezes com um leitão, desde que seja magro e guanecido com folhas e batatas.

O Minho é a maior produtora de vinho em Portugal embora muitas das vezes esquecida. Vinhos tintos com base de sousão, bastardo e outra da origem a vinhos tinto rico em cor e claro muita acidez. Vinho para ser degustado mais frios, com  temperatura em média de 11 a 13 graus, para equilibra a acidez, já que eles tem alta acidez. Acompanha um leitão a moda de Bairrada muito bem.


Leitão a moda da Bairrada.



Fica o convite para provar o novo prato do Adegão Português S.C

sábado, 14 de junho de 2014

Cumins



Fábio Alves esse é o meu cumim favorito e espero que se torne um grande garçom e que não fique por aí!
Natural da Campina Grande, Paraiba.
E tenho orgulho de ser seu colega de trabalho.

Domingo é dia de cozido no Adegão Português em S. Cristóvão



Aos domingos e também as quartas feira o prato do dia é cozido.
Em porções fartas como manda a tradição portuguesa.

Para harmonizar com emblemático prato,
Sugiro um vinho encorpado da região do Tejo: encosta de Sobral seletion safra 2009 corte com Cabernet Sauvignon, Touria Navional e Alicante Bouschet, estruturado e com taninos firmes e macio, equilibrado entre corpo e álcool, boa acide e persistente.
Ótima relação custo x benefício.
 
Venha provar!


sexta-feira, 6 de junho de 2014

Adega Cooperativa de Tomar.


Tive o praze de degustar maravilhoso vinho da região de Tejo safra 1970. 
O grande amigo Josino que me deu essa honra.
Um vinho de cooperativa que infelizmente declarou falência e foi leiloada em 2012.
Incrível, notas de evolução e complexo,
chá, café, pele, etcs.
Um grande vinho de uma grande região em Portugal, embora que as vezes um pouco esquecida. Tejo cada dia mais me surpreendendo!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

José Carlos Santanita falando do Barça Velha.

Barca Velha, um dos melhores vinhos do Mundo!

O vinho tinto do Douro, considerado entre os melhores dez vinhos do mundo, nasce na região do Douro, mais concretamente das uvas produzidas nas quintas de Vale do Meão e da Leda. Atualmente é produzido na quinta da Leda.

O Barca Velha nasceu há mais de 60 anos pelas mãos do enólogo da casa Ferreira Sr. Fernando Nicolau de Almeida. Não eram conhecidas nessa altura, nem estavam ao dispor, as tecnologias de ponta. Assim o Sr. Nicolau controlava a temperatura de fermentação com gelo e a vindima era feita de madrugada para as uvas não aquecerem. Este enólogo teve a feliz ideia de seleccionar diversas castas bem maduras para elaborar o “Couvé”, mantendo em segredo as diversas proporções.

O segredo está nas provas periódicas após a fermentação, os vinhos são provados várias vezes durante o ano para poder decidir se será um Barca Velha ou um Reserva Ferreirinha, sim, porque os vinhos que embora tenham qualidade, mas esta não seja sublime, são destinados ao Reserva Ferreirinha. Muitas vezes acontece, como foi o caso de 1980, que o vinho Reserva Ferreirinha foi um autentico “Barca Velha”, e dos bons..! melhor, a meu juízo do que o Barca Velha de 1981.

O vinho é transportado durante o Inverno para Vila Nova de Gaia onde envelhece em meias pipas de carvalho nacional novo durante o tempo que a prova determinar. Daí sairá um Barca Velha ou não, conforme a sua evolução. Os cascos são atestados periodicamente para que o oxigênio não penetre nos cascos, o que poderia afetar o vinho com evoluções indesejáveis.

Após o envelhecimento apropriado o vinho é engarrafado em garrafas tipo Borgonhesa, onde sofre um envelhecimento em garrafa antes de ser posta no mercado.
Ao falar do Barca Velha não queria deixar de prestar a minha humilde homenagem a casa Ferreira (Ferreirinha) pelos preciosos néctares a que nos tem habituado.

SOLOS
Os solos são exclusivamente xistosos.

CASTAS
São as castas recomendadas do douro, entre as quais podemos destacar: a Tinta Roriz (dominante), Touriga Francesa ( Franca), Touriga Nacional, Tinta Barroca e Tinta Amarela.

O casamento de entre as várias castas, aliadas as uvas produzidas na Quinta do Vale do Meão (uvas com pouca acidez e alto grau alcoólico), e as uvas produzidas no alto da Meda (uvas com maior acidez) fazem a simbiose perfeita para a alta qualidade deste vinho.

RENDIMENTO POR HECTARE
O rendimento por hectare é de 40 hl.

CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS E OUTRAS

Teor alcoólico mínimo por volume 12%.
Cor granada definido com nuances acastanhadas.
Aroma evolutivo, terciário, complexo e a especiarias.
Sabor macio, acídulo, aveludado contrariado por ligeira adstringência advinda dos taninos herbáceos na sua forma evolutiva, Estagiado, complexo e a especiarias.
O Barca Velha, nos melhores anos, é sem margem para dúvidas o melhor vinho português e um dos melhores do mundo, conforme classificação de uma publicação americana da especialidade.
Vinho equilibrado, onde todos os seus constituintes se encontram uniformes.
O Barca Velha é um daqueles vinhos que quando se prova e se fala dele dando origem a uma linguagem toda cheia de fantasias, porque este vinho para mim, é um vinho fantástico e indescritível.

PROPRIEDADE
O Vinho Barca Velha é produzido nas quintas da Leda na região do Douro, propriedade da Casa Ferreira (Ferreirinha). Grupo SOGRPE.

MELHORES ANOS
1965,1966, 1978, 1982, 1985, 1991,1995,1999, 2004
1965: Vinho com grande estrutura, cheio, encorpado, macio, acídulo, ligeiramente adstringente, persistente e com aromas terciários bem definidos;
1966: Talvez o melhor Barca Velha produzido até, o “vintage”, elegante, harmonioso, um vinho perfeito, aromas terciários bem definidos onde ressaltam os aromas a frutos vermelhos maduros e as especiarias.
1978: Vinho que nos deixa saudades do 66, embora bem estruturado;
1982: Muito parecido ao 78;
1985: Muito encorpado com boa estrutura, começa já ser definido a nobreza dos taninos e desenvolvendo bem os aromas terciários. Pode-se esperar mais dois ou três anos até que atinja a plenitude;
1991: Muito possante, encorpado, por enquanto muito duro, promete a vir a ser um grande vinho. E foi, mostrou as suas ser a partir do ano 2002.
1999: Ano muito bom com características muito parecidas ao de 1991.
2004: Possante, opulento, muita fruta vermelha madura, mas quanto a mim precisa ainda de mais garrafa para poder desenvolver o seu grande potencial.

Assim, em 60 anos (1952-2012) apenas foram reconhecidas 17 colheitas de Barca Velha: primeiro por Fernando Nicolau de Almeida (1952, 1953, 1954, 1957, 1964, 1965, 1966 e 1978), depois por José Maria Soares Franco (1981, 1982, 1983, 1985, 1991, 1995 e 1999) e por fim por Luís Sottomayor que fez parte da equipe de enologia dos seus antecessores, 2000, 2004.
Vinho produzido em anos de qualidade em que não é produzido o Barca Velha (Vide Barca Velha).
Estes vinhos são atualmente da responsabilidade do Eng.º. Luís Souto Mayor (Enólogo da Casa Ferreirinha). A Ferreirinha pertence agora ao grupo SOGRAPE.

Orlando Iglésias/ Abril de 2014