quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Um dos meus mestres.


Um grande homens de um coração gigante e sem dúvidas um dos melhores profissional e amante do vinho que já conhece! Efraim Morais!!! 
Me encinou um dos seus segredos a respeito do vinho, que a simplidade com elegância. E dividio sua história comigo, sua estrada que percorreu na sua carreira profissional e também da sua vida pessoal.

Ontem tive o previlegio de dividir um dia especial com ele seu filho e minha família em minha casa, era o seu aniversário.

Queria deixar registrado aqui no meu blog a admiração que tenho por ele como ser humano que ele é pra e pra minha família. 

Obrigado meu "mano" por dividir conosco o dia de ontem!

By Francisco Edcarlos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Ostradamus

Um restaurante incrível em todos os aspectos. O carro chefe são as ostras, e eu provei de trez maneiras diferente; natural depurada, gratinada e com gengibre e mel, acompanhado com um Sauvignon Blanc maravilhoso da Villa Francione, harmonização perfeita.


Em seguida esse polvo com batatas ao murros. Estava macio, suculento e saboroso, o vinho claro que eu pedi um chardonnay da Villa Francione também! Por que? Por que tem qualidade e é de Santa Catarina então fiz a harmonização pensando também na regionalidade, se funciona em outros países, melhor ainda no meu com os meus produtos de qualidade top1 brasileiros. Estava divino. 


Essa vista é facinante e encantadora. Não tem como não querer morar em um lugar tão especial!
A decoração da casa é cheia de detalhes que precisa de várias visitas para conseguir ver todos os itens, nas paredes, no teto, nas mesas e no aquário com peixes e tarturagas nadando na entrada do restaurante. 

Todo que lá vi alegrava meus olhos e agusava minha curiosidade, tão lindo. E quando olhava pra fora do restaurante vi o mar beijando a prai, as gaivotas planando e ao fundo os edifícios no centro da cidade e aí fazia me refletir que o que era impossível em gastronomia, vista e serviço todos juntos e harmônicos.


Não existe lugar perfeito sozinho, claro que não! Estava muito bem acompanhado por duas "amigas" que o vinho e Villa Francione me deu ( rsrsrs )
Elas duas com muito carinho me levou para conhecer esse lugar que eu ficará apaixonado. Rute e Hellem duas pessoas maravilhosas que agora tenho a honra de guardalas no meu coração como amigas. Não só por que fizera ode tudo para que eue sentisse em casa, mais também por que vi sinceridade em seus olhos. Obrigado meninas rsrsrs.

Para encerar não poderia de agrader e mencionar esse homem que acreditou no seu sonho e hoje o Ostradamus é o melhor restaurante da ilha e com o próprio cultivo de ostra e ostras depuradas! Parabéns!

By Francisco Edcarlos.




terça-feira, 2 de setembro de 2014

Viagem a Portugal



Uma viagem inesquecível em terra lusitana de onde fomos colonizados. Portugal...

O vinho é a única bebida que tem esse poder de unir pessoas e fazer novas amizades, na minha opinião.

Uma viagem coordenada pela a empresa Wine Senses que nos levou por várias regiões. Chegamos em Lisboa dia 15 e tratamos de ir provar os melhores pasteis  de nata do mundo em Belém, claro. De lá seguimos para Évora e ficamos em um excelente hotel detro das muradas, lindo lugar. A noite jantamos no restaurante BL  no centro de Évora onde comi o melhor polvo a lagareira de Portugal e não posso deixar de menciona o delicioso queijo de Serpa garantindo com geléia de frutas vermelhas, aquilo estava uma delicia.

No segundo dia ainda no Alentejo seguimos para a Quinta de Ervideiras, ótimos vinhos com uma degustação as cegas com dias taças diferente mais o mesmo vinho. Eu errei, achei que eram dois vinhos.

Terceiro dia partimos para o Tejo. Chegamos pela a manhã na Quinta do Vele de Formos e uma ótima surpresa, um Shiraz apaixonante. O Vinho General o mais corrente branco também fantásticos e claro sem falar no preço.

No final do dia chegamos em Fatima e pernoitamos lá, foi maravilho está na pertinho da minha MÃEZINHA do céu. Acordei bem cedo e fui correndo para a capela das aparições fazer minhas preces e agrader...

Quarto dia chegamos a Bairrada e o sr Luiz Paro nos recebeu na sua adega e foi um patê papo incrível desgostando seus vinhos.

Quinto dia navegar no rio Douro de Rabelo... Tudo de bom com aula prática do Santanita e rodeado da paisagem mais linda de toda a Europa, na minha opinião. Lindo!
De lá passamos em Favaios e provamos Moscatel de faróis estilos diferente, foi ótimo.

Sexto dia Quinta da Aveleda e vinícola mais linda em gardingem e conservação, provamos os vinhos verdes e a aguardente vínica Adega Velha que é maravilhosa...
E paramos para almoçar na cidade que Portugal nasceu, Guimaraes. Cidade linda com belos guardam, arquitetura facinante e comida farta e saborosa.
Um pulinho em Vila Nova de Gaia para provar uns "portinhos" Graham's 10, 20, 30 e um colheita de 1983. Sem comentários...

Sétimo dia Colares com vinhos velhos fantásticos de uma micro região.
E a noite um jantar no restaurante Duas Esquinas, os vinhos e a comida está ótima mais era o jantar de encerramento.
 Dia seguinte voltar pra casa levando novos amigo, muito conhecimento e um montão de saudade de Portugal, de seu povo acolhedor.

Obrigado Wine Senses por essa viagem fabulosa que sempre recordarei com alegria.

By Francisco Edcarlos 


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Vale de Fornos


Uma vinícola que foi propriedade de Dona Antônia e que ainda hoje produz vinhos de excelência na região do Tejo.

Uma bela casa construída no século XIX salve eu, no formato de pátio, no qual existe eu pátio enorme no centro e casa e suas dependências são construídas ao redor.

Os solo argilo-arenosos com seixos rolados que indica que já foi leito de rio em alguns milhares de séculos no passado.

Eles plantão variedades nativas assim como algumas castas estrangeiras e a Shiraz é o destaque desse bela vinícola que tanto eu gostei.

Vinho brancos, roses e tintos. O General vinho branco que é um dos cartões de visita da empresa e o Shiraz que me apaixonei! Elegante poderoso com uma ótima estrutura em boca, rico em álcool e em acidez fruta negra, compota e especiaria, como tabaco e um leve toque de chocolate, com ótimo potencial de guarda. Pena que ainda não está aqui no Brasil.

Assim foi a visita muito agradável na região do Tejo, que na minha opinião hoje é uma jóia que ainda não foi descoberta na totalidade de seus vinhos, vinhedos, terroars e enólogos...

Salve o Tejo...

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Távora - Varosa


Uma DOC encravada entre duas regiões Douro e Beiras, especial para espumantes.

Cada vez que provo esse espumante mais feliz fico com a riqueza de Portugal.
Peguei esse texto do site pra vocês.

Pelas suas características morfológicas de vale encaixado a alta altitude, a pequena região de Távora-Varosa está especialmente talhada para a produção de vinhos espumantes, tendo sido a primeira região vitícola nacional a ser demarcada para a produção de espumante DOC, em 1989.

Situa-se a nordeste da região do Dão, fazendo fronteira com a região do Douro.

As vinhas situam-se entre os 500 e os 800 metros de altitude, marcadas pelo clima extremo e de forte influência continental. Prevalecem os solos graníticos, com algumas manchas de xisto.

As castas predominantes são a Bical, Cerceal, Fernão Pires, Gouveio e Malvasia Fina nos brancos, e Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional nos tintos.

As castas francesas Chardonnay e Pinot Noir, decisivas na qualidade dos vinhos espumantes e com uma presença quase centenária na região, ocupam um espaço importante no encepamento da região.


sábado, 2 de agosto de 2014

Vinhos Velhos de Portugal.



Essa foi a primeira de muitas das degustação que farei junto com a Magno Confraria.
Um presente da confrade Lolô.

Começamos com um espumante brut da Pizzato seguido por um Champagne premier cru do nosso confrade Rodrigo Santos, depois veio os brancos, Palácio de Buçaco 2001 e 2003 e Colares branco 1967. O meu favorito foi o 2001 estava fabuloso. 
Os tintos, primeiro um Clorares Chitas Reserva 1970 seguido por Vinha Pan 1997 do Luiz Pato e um mais jovem que entrou de bonos Vale dona Maria 2010 e fechamos com um moscatel de Setúbal da Quinta da Bacalhôa.
O vinha Pan estava elegantíssimo e delicado, o Colares Chitas encantador.

Bem eu tive o previlegio de conhecer essas jóias e dividir meu parecer com meus confrades que tanto adimiro-os.

O mais interessante foi provar os Colares que eu ainda não havia degustado e só os conhecia por literatura, é encantador saber que eles ainda estavam perfeitos.

Pena que eles são difíceis elude encontrá-los.

Até a mais!!!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Colares


Uma pequena DOC chamada Colares que nos vinhos brancos tem que ter no mínimo de 80% de moscatel.

Uma cor diferente de tudo que já vi, marrom claro e o que me chamou mais atenção foi o brilho, muito brilhante.

Mesmo com essa idade ainda estava deslumbrante com notas de oxidação, casca de laranja, notas medicinais, lembrava um palo cortado e nozes.

Na boca a acidez maravilhosa e muita complexidade, sedutor e elegante.

Isso é Portugal...


sábado, 21 de junho de 2014

Primitivo de Manduria


Não me lembro de ter degustado vinho igual!
Me faltam palavras para expressar o quão  grande e saboroso é esse vinho.

A começar pelo equilíbrio, 16,5% vol alcoólico com um corpo sedutor, muito elegante e persistente, notas de marmelo, frutas em compotas, figo, goiabada e etc. Na boca uma explosão de sabores todas as notas que saltavam na taça, agora pronunciavam nas papilas com uma saborosidade e persistência incrível.

Recomendo em dias difíceis, por que com certeza, irá alegra-lo.

Me feliz em ter a oportunidade de provar e difividir com vocês.

domingo, 15 de junho de 2014

Vinho Verde

Vinho Verde, produzido, exclusivamente em Portugal, na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, constitui uma denominação de origem controlada cuja demarcação remonta a 1908. O Vinho Verde é único no mundo. Na grande maioria, vinhos leves e frescos, produzido na província do Minho, no noroeste de Portugal, uma região costeira geograficamente bem localizada para a produção de excelentes vinhos brancos. Berço da emblematica casta Alvarinho e produtora de vinhos de lote únicos com capacidade de guarda e vinhos esplendidos, a Região dos Vinhos Verdes oferece um conjunto ímpar de vinhos muito gastronómicos.



Uma DOC que se divide em nove sub regiões, todas com carateristicas e terroar diferentes e a mais atlântica e regra para a Alvarinho é Monção e Melgaço, DOC onde ela se expressa com exuberância, aromas de pêra, cítrico e mineral. Na boca com uma acidez sempre vivaz um bom volume, e muito elegante.

Eu particulamente gosto de harmoniza-lo com bacalhau, frutos do mar e peixes, embora as vezes com um leitão, desde que seja magro e guanecido com folhas e batatas.

O Minho é a maior produtora de vinho em Portugal embora muitas das vezes esquecida. Vinhos tintos com base de sousão, bastardo e outra da origem a vinhos tinto rico em cor e claro muita acidez. Vinho para ser degustado mais frios, com  temperatura em média de 11 a 13 graus, para equilibra a acidez, já que eles tem alta acidez. Acompanha um leitão a moda de Bairrada muito bem.


Leitão a moda da Bairrada.



Fica o convite para provar o novo prato do Adegão Português S.C

sábado, 14 de junho de 2014

Cumins



Fábio Alves esse é o meu cumim favorito e espero que se torne um grande garçom e que não fique por aí!
Natural da Campina Grande, Paraiba.
E tenho orgulho de ser seu colega de trabalho.

Domingo é dia de cozido no Adegão Português em S. Cristóvão



Aos domingos e também as quartas feira o prato do dia é cozido.
Em porções fartas como manda a tradição portuguesa.

Para harmonizar com emblemático prato,
Sugiro um vinho encorpado da região do Tejo: encosta de Sobral seletion safra 2009 corte com Cabernet Sauvignon, Touria Navional e Alicante Bouschet, estruturado e com taninos firmes e macio, equilibrado entre corpo e álcool, boa acide e persistente.
Ótima relação custo x benefício.
 
Venha provar!


sexta-feira, 6 de junho de 2014

Adega Cooperativa de Tomar.


Tive o praze de degustar maravilhoso vinho da região de Tejo safra 1970. 
O grande amigo Josino que me deu essa honra.
Um vinho de cooperativa que infelizmente declarou falência e foi leiloada em 2012.
Incrível, notas de evolução e complexo,
chá, café, pele, etcs.
Um grande vinho de uma grande região em Portugal, embora que as vezes um pouco esquecida. Tejo cada dia mais me surpreendendo!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

José Carlos Santanita falando do Barça Velha.

Barca Velha, um dos melhores vinhos do Mundo!

O vinho tinto do Douro, considerado entre os melhores dez vinhos do mundo, nasce na região do Douro, mais concretamente das uvas produzidas nas quintas de Vale do Meão e da Leda. Atualmente é produzido na quinta da Leda.

O Barca Velha nasceu há mais de 60 anos pelas mãos do enólogo da casa Ferreira Sr. Fernando Nicolau de Almeida. Não eram conhecidas nessa altura, nem estavam ao dispor, as tecnologias de ponta. Assim o Sr. Nicolau controlava a temperatura de fermentação com gelo e a vindima era feita de madrugada para as uvas não aquecerem. Este enólogo teve a feliz ideia de seleccionar diversas castas bem maduras para elaborar o “Couvé”, mantendo em segredo as diversas proporções.

O segredo está nas provas periódicas após a fermentação, os vinhos são provados várias vezes durante o ano para poder decidir se será um Barca Velha ou um Reserva Ferreirinha, sim, porque os vinhos que embora tenham qualidade, mas esta não seja sublime, são destinados ao Reserva Ferreirinha. Muitas vezes acontece, como foi o caso de 1980, que o vinho Reserva Ferreirinha foi um autentico “Barca Velha”, e dos bons..! melhor, a meu juízo do que o Barca Velha de 1981.

O vinho é transportado durante o Inverno para Vila Nova de Gaia onde envelhece em meias pipas de carvalho nacional novo durante o tempo que a prova determinar. Daí sairá um Barca Velha ou não, conforme a sua evolução. Os cascos são atestados periodicamente para que o oxigênio não penetre nos cascos, o que poderia afetar o vinho com evoluções indesejáveis.

Após o envelhecimento apropriado o vinho é engarrafado em garrafas tipo Borgonhesa, onde sofre um envelhecimento em garrafa antes de ser posta no mercado.
Ao falar do Barca Velha não queria deixar de prestar a minha humilde homenagem a casa Ferreira (Ferreirinha) pelos preciosos néctares a que nos tem habituado.

SOLOS
Os solos são exclusivamente xistosos.

CASTAS
São as castas recomendadas do douro, entre as quais podemos destacar: a Tinta Roriz (dominante), Touriga Francesa ( Franca), Touriga Nacional, Tinta Barroca e Tinta Amarela.

O casamento de entre as várias castas, aliadas as uvas produzidas na Quinta do Vale do Meão (uvas com pouca acidez e alto grau alcoólico), e as uvas produzidas no alto da Meda (uvas com maior acidez) fazem a simbiose perfeita para a alta qualidade deste vinho.

RENDIMENTO POR HECTARE
O rendimento por hectare é de 40 hl.

CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS E OUTRAS

Teor alcoólico mínimo por volume 12%.
Cor granada definido com nuances acastanhadas.
Aroma evolutivo, terciário, complexo e a especiarias.
Sabor macio, acídulo, aveludado contrariado por ligeira adstringência advinda dos taninos herbáceos na sua forma evolutiva, Estagiado, complexo e a especiarias.
O Barca Velha, nos melhores anos, é sem margem para dúvidas o melhor vinho português e um dos melhores do mundo, conforme classificação de uma publicação americana da especialidade.
Vinho equilibrado, onde todos os seus constituintes se encontram uniformes.
O Barca Velha é um daqueles vinhos que quando se prova e se fala dele dando origem a uma linguagem toda cheia de fantasias, porque este vinho para mim, é um vinho fantástico e indescritível.

PROPRIEDADE
O Vinho Barca Velha é produzido nas quintas da Leda na região do Douro, propriedade da Casa Ferreira (Ferreirinha). Grupo SOGRPE.

MELHORES ANOS
1965,1966, 1978, 1982, 1985, 1991,1995,1999, 2004
1965: Vinho com grande estrutura, cheio, encorpado, macio, acídulo, ligeiramente adstringente, persistente e com aromas terciários bem definidos;
1966: Talvez o melhor Barca Velha produzido até, o “vintage”, elegante, harmonioso, um vinho perfeito, aromas terciários bem definidos onde ressaltam os aromas a frutos vermelhos maduros e as especiarias.
1978: Vinho que nos deixa saudades do 66, embora bem estruturado;
1982: Muito parecido ao 78;
1985: Muito encorpado com boa estrutura, começa já ser definido a nobreza dos taninos e desenvolvendo bem os aromas terciários. Pode-se esperar mais dois ou três anos até que atinja a plenitude;
1991: Muito possante, encorpado, por enquanto muito duro, promete a vir a ser um grande vinho. E foi, mostrou as suas ser a partir do ano 2002.
1999: Ano muito bom com características muito parecidas ao de 1991.
2004: Possante, opulento, muita fruta vermelha madura, mas quanto a mim precisa ainda de mais garrafa para poder desenvolver o seu grande potencial.

Assim, em 60 anos (1952-2012) apenas foram reconhecidas 17 colheitas de Barca Velha: primeiro por Fernando Nicolau de Almeida (1952, 1953, 1954, 1957, 1964, 1965, 1966 e 1978), depois por José Maria Soares Franco (1981, 1982, 1983, 1985, 1991, 1995 e 1999) e por fim por Luís Sottomayor que fez parte da equipe de enologia dos seus antecessores, 2000, 2004.
Vinho produzido em anos de qualidade em que não é produzido o Barca Velha (Vide Barca Velha).
Estes vinhos são atualmente da responsabilidade do Eng.º. Luís Souto Mayor (Enólogo da Casa Ferreirinha). A Ferreirinha pertence agora ao grupo SOGRAPE.

Orlando Iglésias/ Abril de 2014

terça-feira, 27 de maio de 2014

Ótima dica!



Visitem a sala de Estudo da Wine Senses e tenham acesso a mais um artigo educativo escrito pelo Eng. Mario Louro explicando sobre a mineralidade do vinho, imperdível! http://www.winesenses.com.br/saladeestudo.html. Aproveite e participe no passatempo da Wine Senses e tente desvendar,  o enigma de Oinos desta quinzena. 
Ontem tive o prazer de provar esse belo Bonarda, da importadora Vinci!
Obrigado Lilian!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Germany ministrada também MW

E saber que infelizmente no Brasil esses vinhos são caríssimos.
Os Riesling são incríveis secos ou doces.
É pouco improvável provas isso tudo junto. Acho que falta mais conectividade dos cursos e das importadoras para ensinar para os nosso sommelieres nesse nível ou próximo disso.
Borgody tbm com MW 
Incrível prova e nível da aula.
O MW é incrível esclarece com uma simplicidade incrível que para fácil entender a Borgonha, mas não se engane! 



Fico mais feliz cada vinho que provo e certo que escolhi a melhor profissão do mundo.
Essa foi a aula de Bordeaux 
Ministra por um MW 
Começamos assim o segundo bloco!

London Agen

London, London

segunda-feira, 31 de março de 2014

Curso de vinho do Porto

Curso de Mestre em vinhos do Porto inicia no Brasil


      São Paulo
         Curso Mestre em Vinho do Porto. 
                                                                        28, 29 e 30 de Abril

Vinho do Porto é considerado por muitos o REI DOS VINHOS. Região do Douro, berço que dá origem a este precioso néctar, oferece a este vinho uma história de vida inigualável ou comparável a outro vinho do mundo. Vinho do Porto é um vinho do mundo, no entanto sua história, cultura e tradição são ainda desconhecidas por muitos apreciadores de vinho espalhados pelo Brasil.
A Wine Senses dá início ao 1º Curso de vinhos “Mestre em Vinhos do Porto” “Master of Port”. Este Curso é o mais abrangente e completo curso para quem se deseja especializar, neste que é considerado para muitos o néctar dos Deuses. O 1º Curso será realizado nos dias 28, 29 e 30 de Abril de 2014, na cidade de São Paulo. O reconhecido Escanção José Santanita e Carlos Cabral, a maior entidade no Brasil no que respeita ao tema vinho do Porto apóiam e participam na Iniciativa.
Os participantes terão a possibilidade de participar em degustações únicas deste majestoso vinho. Irão aprender sobre a história, os aromas e as sensações, aprender a provar, a diferenciar e harmonizar os diferentes estilos de um vinho do Porto. Irão ser degustados todos os estilos de vinho do Porto além de provas comparativas entre diferentes estilos.
Curso será realizado na sala de educação do restaurante AVEK em São Paulo. No seguimento deste curso, a Wine Senses Brasil irá organizar o primeiro Road Show educativo com vinho do Porto no Brasil. Cidades como Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Maceió, Cuiabá, Belo Horizonte e Santos são algumas das cidades privilegiadas com este curso de vinhos.

Entre no fascinante mundo dos vinhos, tão velho quanto o mundo e tão moderno e atual quanto nos próprios. Participe e conheça uma das mais belas histórias de amor do mundo do vinho. 



Informações e inscrições: 
E-mail:reservas@winesenses.com.br
Telefone:  +55 11 32947156
Joelma Rodrigues 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Rui Falcão falando 1• cru Português


A tradução ou adaptação do termo Premier Cru, ou First Growth, para a terminologia portuguesa não é fácil nem axiomática, assentando na ideia de um vinho clássico e de historial largo, cujo valor e qualidade se vaticinem absolutamente inquestionáveis, de reconhecimento garantido e universal, sem máculas, de consistência irrepreensível, com um percurso histórico facilmente fundamentado e 
Rui Falcao - Bussaco
amplamente documentado.

Por outras palavras, um conceito de difícil aplicação à realidade portuguesa, onde não transbordam os exemplos de vinhos com um passado histórico longo e habilitado, que ultrapasse decentemente metade de um século, com uma consistência qualitativa impecável e sem brechas, e onde subsistam um número de garrafas suficiente que autorize provas regulares que permitam aquilatar sobre os predicados do vinho em causa. Condições exigentes que impedem a atribuição do almejado título dePremier Cru à quase plenitude dos vinhos nacionais.

Porém, um vinho português assoma por entre a plebe, reclamando para si, com toda a propriedade, tão cobiçado brasão de nobreza. Que vinho é esse que poderá aspirar a tamanho estatuto de fidalguia? Um vinho discreto mas erudito, um clássico entre os clássicos, um vinho invulgar e desconforme com tudo o que possa representar a rotina e os padrões estabelecidos, o Vinho do Bussaco, o verdadeiro, e eventualmente único, Premier Cru português. Um vinho, infelizmente, pouco conhecido entre os lusitanos, sistematicamente esquecido e ignorado, sem o relevo institucional que o longo historial, e, sobretudo, a incrível qualidade, lhe deveriam proporcionar.

E no entanto, apesar de tão longos pergaminhos e de tão excelsa qualidade, o celeste Vinho do Bussaco não passa de um mero vinho de mesa, o degrau mais humilde da hierarquia vínica portuguesa, fruto da sua posição fronteiriça entre duas das grandes denominações portuguesas, a Bairrada e o Dão, desfrutando da sua localização física para agregar uvas das duas denominações, procurando justapor o melhor de cada uma das regiões vizinhas. Que o Premier Cru português seja um “vulgar” vinho de mesa é um dos maiores paradoxos e imprevistos em que o mundo do vinho pátrio é fértil…

Para o enorme desconhecimento sobre os vinhos do Bussaco, mas também para a sua inegável magia, concorre a circunstância de os vinhos serem exclusivamente vendidos nos hotéis do grupo Alexandre Almeida, integrados na carta dos restaurantes, com destaque mais que evidente para o belíssimo Palace Hotel do Bussaco, a sua casa, um dos hotéis históricos mais emblemáticos e encantadores da Europa, gizado em estilo neomanuelino como pavilhão de caça para o oceanógrafo rei D. Carlos, vítima do regicídio que viria a marcar o desfecho da monarquia em Portugal.

Os vinhos do Bussaco foram criados por Alexandre de Almeida no início do século passado. Com notável pioneirismo realizou inúmeras viagens de estudo aos hotéis mais emblemáticos da Europa e Estados Unidos, e, fruto da experiência de hotelaria entretanto conquistada, introduziu em Portugal alguns dos conceitos e práticas hoteleiras mais avançadas da época. Entre as suas múltiplas reformas insistiu que o Palace Hotel do Bussaco, enquanto grande hotel de luxo, deveria poder oferecer os seus próprios vinhos, a exemplo do que sucedia em casos idênticos pela Riviera Italiana e pela Côte d’Azur, ter a sua própria adega, constituída por vinhos locais com marca exclusiva da casa como factor de qualificação e distinção.

Numa quadra em que os vinhos de mesa engarrafados continuavam a ser a excepção, mantendo-se o vinho a granel como referência, Alexandre de Almeida projectou e materializou os vinhos do Bussaco, patrocinando o consórcio entre as vinhas da família, plantadas no sopé da Serra do Bussaco, e as uvas compradas a terceiros, escolhidas na Bairrada e Dão, transformando a cave do Palace Hotel do Bussaco na lendária adega da casa onde, continuam a repousar em sereno descanso os grandes vinhos do Bussaco.

Presentemente, apesar de persistir um eremítico exemplar de 1917, as garrafas mais antigas à disposição datam de 1923, embora não estejam acessíveis ao público. Saiba porém que na carta poderá desfrutar ainda hoje de colheitas tão antigas como 1944 nos vinhos brancos e 1945, o ano do final da segunda guerra mundial, nos vinhos tintos, bem como de muitos outros vinhos, brancos e tintos, das décadas de 50,
Rui Falcao - Bussaco
 60, 70, 80 e 90, até às colheitas mais recentes de 2009, nos brancos, e 2008 nos vinhos tintos.

Será fácil e quase inevitável desconfiar sobre o estado de saúde dos vinhos mais antigos, sobre a qualidade e viabilidade das colheitas mais clássicas, desconfiar sobre o potencial e patamar de envelhecimento de vinhos tão pouco conhecidos e divulgados… mormente dos vinhos brancos, aqueles que, por tradição, levantam maiores incertezas sobre a guarda. Curiosamente, e depois de uma prova vertical nas caves do Palace Hotel do Bussaco, foram precisamente os vinhos brancos que mais me emocionaram e sobressaltaram. Sem qualquer desprimor para os tintos do Bussaco, simplesmente maravilhosos, verdadeiramente assombrosos em colheitas como 1960 ou 1958, os vinhos brancos foram aqueles que me abalaram de forma irreparável.

Raramente se tem ocasião de poder provar, em qualquer parte do mundo, vinhos tão jovens e vibrantes, tão austeros e dignos, tão precisos e rigorosos como os brancos do Bussaco. Entre dois belíssimos vinhos jovens das colheitas de 2001 e 2000, diferentes no estilo mas profundamente fenólicos, minerais e densos, gigantes na estrutura, e as colheitas muito mais anciãs, de 1956 e 1955, os vinhos impressionantes pela frescura e dimensão. O final explosivo e incisivo impressiona em vinhos que se mostram ainda jovens, duros e secos, numa constância, regularidade e continuidade no estilo que raramente os vinhos portugueses conseguem alcançar.

Um ícone dos vinhos portugueses que poderia, e deveria, ser mais utilizado na promoção dos vinhos portugueses.

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sábado, 22 de março de 2014

Campeão Brasileiro em vinho alentejano

Sommelier Vinhos do Alentejo no Brasil 2014
2014-02-11

Sommelier Vinhos do Alentejo no Brasil 2014

CVRAanuncia o vencedor do Concurso “O Melhor Sommelier Vinhos do Alentejo no Brasil 2014”

Francisco Edcarlos Lopes é o vencedor do 1º Concurso que a CVRA organiza neste âmbito

O prémio terá novas edições, pretendendo reforçar a notoriedade dos vinhos alentejanos no mercado brasileiro.

Foi anunciado na passada 6ª Feira, dia 07 de Fevereiro, o vencedor do Concurso “O MelhorSommelier Vinhos do Alentejo no Brasil 2014”. Francisco Edcarlos Lopes, do restaurante Adegão Português, no Rio de Janeiro, foi eleito o vencedor pelos jurados: Dora Simões, presidente da CVR Alentejana, Rui Falcão, jornalista e crítico de vinhos português e ainda Duarte Calvão, o especialista gastronómico e diretor do festival anual “Peixe em Lisboa”.

A final foi composta por um teste escrito e uma prova oral sobre os conhecimentos adquiridos, tendo o grande vencedor recebido como trofeu um decanter de cristal gravado, da Riedel.

Mais do que o prémio, os 12 finalistas levam consigo o facto de terem conhecido de perto a realidade dos vinhos alentejanos, as grandes variedades de uvas e os distintos terroirs.

Os 12 finalistas estiveram durante toda esta semana em contacto com os produtores do Alentejo. O programa da visita teve como objetivo o contacto real dos sommeliers brasileiros com os produtores e enólogos da região alentejana.

Para além da experiência da identidade vitivinícola alentejana, a CVRA garante que “este Concurso terá certamente novas edições, com o objetivo de reforçar a notoriedade dos vinhos alentejanos no mercado brasileiro”.

O Brasil é um dos principais mercados de importação de vinhos do Alentejo. Em 2013, a região alentejana, que é também a preferida à mesa dos consumidores portugueses, registou mais de 2,5 milhões de litros de volume exportado para o mercado brasileiro, um aumento de 12%.

Sobre o Concurso:
A 1ª etapa deste concurso, que envolveu 85 sommeliers das cidades brasileiras do Recife, Belo Horizonte, Campinas, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, foi realizada durante fevereiro e em setembro de 2013, no Brasil. Baseada num workshop dirigido pelo crítico de vinhos português Rui Falcão, foram apresentados alguns dos conceitos-chave da região do Alentejo, como o seu historial, terroir e perfil dos vinhos. De seguida, os concorrentes participaram numa prova de vinhos onde foram convidados a aferir as mesmas caraterísticas singulares e finalizaram respondendo a um exame escrito. Desta etapa resultou o apuramento de 2 representantes de cada cidade, perfazendo um total de 12 finalistas que vieram a Portugal, conhecer de perto a realidade e as especificidades da região alentejana.

CVRA – Comissão Vitivinícola Regional Alentejana:
A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) foi criada em 1989 e é um organismo de direito privado e utilidade pública que certifica os vinhos DOC Alentejo e os vinhos Regional Alentejano. É responsável pela promoção dos Vinhos do Alentejo, no mercado nacional e em mercados-alvo internacionais. A sua atividade é financiada através da venda dos selos de certificação que integram os contra-rótulos dos Vinhos do Alentejo.


Melhor Sommelier Vinhos do Alentejo no Brasil 2014


Adegão Português

A salão já está pronto!!!
Campo de São Cristóvão 212.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Quinta São José

Tive hoje com o enólogo João Brito e Cunha. E provei esse vinho ótimo junto com sua esposa e minha amiga Paula Brazuna!
A Wine Munda está com um portifole muito interessante, vale a pena conhecer!

Rui Falcão

A certeza há muito que está instalada. Não deverão existir hoje dúvidas existenciais sobre a validade e superioridade da variedade Alvarinho, muito provavelmente a melhor das castas brancas nacionais e, certamente, uma das melhores castas brancas internacionais. O nome Alvarinho ganhou tamanha notoriedade junto dos consumidores nacionais que mesmo num passado recente, numa época onde pouco ou nada se sabia sobre as castas portuguesas, quando poucos ou nenhuns sabiam identificar as castas de cada região, o Alvarinho já era chamado pelo nome. Quando nomes de castas hoje famosas como a
Rui Falcao - Alvarinho
Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz/Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet, Antão Vaz ou Arinto ainda eram alegres desconhecidas já a maioria tinha ouvido falar do Alvarinho e pedia-o pelo nome.

Num país que sempre privilegiou e continua a privilegiar os vinhos de lote, a mistura de muitas castas na mesma garrafa, o Alvarinho cedo se habitou a reinar sozinho. Num país que se acostumou a nem conhecer as suas castas e se habituou a pedir os vinhos pelo nome da região, o Alvarinho cedo se afirmou como uma excepção. Num país que se esforça por comunicar as suas excentricidades, esta ideia peregrina de fazer vinhos de lote em lugar de vinhos estremes, vinhos de várias castas em lugar de uma só casta como é habitual na maioria dos países produtores, o Alvarinho cedo se destacou pela diferença e originalidade de ser um vinho de uma só casta.

Num país que há muito se habituou a menorizar os vinhos brancos amordaçando-os sob a condição de vinhos de segunda, num país que continua a recusar pagar mais de três a cinco euros por vinhos brancos ao mesmo tempo que não se importa de pagar o dobro por um vinho tinto, o Alvarinho desde cedo se apresentou como a excepção, a cedência à evidência de qualidade e exclusividade. De forma mais ou menos segura e consistente o nome Alvarinho foi sendo paulatinamente consagrado como a referência de facto nos vinhos brancos nacionais logrando uma respeitabilidade e honorabilidade sem paralelo com as demais castas brancas portuguesas.

Tamanha projecção mediática e financeira só poderia ter como consequência natural a propagação da casta por todo o território nacional, alargando o seu raio de acção do seu Minho natural para a pluralidade do espaço territorial luso. Apesar de relativamente recente no tempo o movimento aparece como imparável e tem recrudescido em intensidade ao longo dos últimos anos, período durante o qual a área plantada tem aumentado de forma sistemática. São poucas as regiões de Portugal onde não se encontra pelo menos uma parcela experimental plantada com a casta Alvarinho e são cada vez menos os produtores e viticultores que conseguem manter-se alheados à atracção fatal do Alvarinho.

Poderíamos seguramente ponderar sobre os locais onde algumas das vinhas foram plantadas, questionar sobre se a escolha do local para a casta será a mais correcta, reflectir sobre uma eventual cedência a modas e a experimentalismos inconsequentes. Mas a realidade material é que a casta actualmente está plantada por todo o território nacional, mas também na Galiza e em outras partes do mundo, e está presente de forma ostensiva e clara em cada vez mais rótulos e contra-rótulos. Sobre isto não há nada a fazer ou sequer a lamentar.

Como não poderia deixar de ser, alguns dos Alvarinhos das novas regiões são bons, outros medianos, outros francamente desinteressantes. Como não podia deixar de ser alguns dos Alvarinhos recentes são vendidos a preços consentâneos com o prestígio da casta, enquanto outros são propostos a preços escandalosamente baratos com o risco latente de vir a deflacionar o valor da casta. Um eventual problema porque o nome Alvarinho tem tendência para sair menorizado e potencialmente desvalorizado, mas também porque os pequenos produtores da região original, os produtores da sub-região de Monção e Melgaço, incapazes de competir pelo preço, ficam com um problema entre mãos de difícil resolução.

Chegados a este ponto, e salvo prova futura que contrarie a tese, não é difícil afirmar que os melhores vinhos Alvarinho nasceram e continuam a nascer na sub-região de Monção e Melgaço. Parece-me
Rui Falcão - Alvarinho
francamente claro que a região reúne uma série de condições naturais que consagram qualidades excepcionais à casta proporcionando vinhos extraordinários que não conseguem ser replicados em nenhuma outra parte do território. O que é ao mesmo tempo uma benesse e uma espécie de maldição. Se o prestígio do nome Alvarinho foi construído à custa da qualidade ímpar dos vinhos Alvarinho de Monção e Melgaço, a verdade é que esses mesmos produtores podem sair agora directamente prejudicados pelos riscos da banalização do nome Alvarinho.

Que fazer então? Pretender proibir a utilização do nome da casta fora da região ou fora de Portugal é uma aspiração impossível e de realização impraticável por força das leis nacionais e internacionais. Restringir o uso de uma casta a uma região é algo que está fora do alcance de qualquer país ou região. Na verdade a dificuldade actual assenta precisamente no apego à utilização do nome da casta em detrimento da utilização e promoção do nome da região ou da sub-região. Se os produtores locais tivessem começado por insistir no nome da sub-região, Monção e Melgaço, em lugar do nome da casta os problemas actuais não existiriam.

Se é possível, e desejável, proteger o nome de uma região, tal como o fizeram o Vinho do Porto, Vinho Verde, Alentejo e demais regiões, não é legalmente possível proteger o nome de uma casta e restringir o seu uso, como tantas regiões internacionais o sabem por experiência própria. Mais que trabalhar na quimera de monopólio da casta a sub-região de Monção e Melgaço deveria esforçar-se no reforço do nome da sub-região mostrando aquilo que a diferencia, mostrando a Portugal e ao mundo que é capaz de produzir alguns dos melhores vinhos brancos do mundo. Porque a realidade é esta, tal como a região da Borgonha é maior que a casta Chardonnay também a região de Monção e Melgaço é maior que a casta Alvarinho.

domingo, 16 de março de 2014

Arroz de Pato




Adegão Português: arroz de pato e de cabrito com vinho de Carlos Lucas

por 

 

Gosto tanto, mas tanto, mas tanto de arroz de pato, que este é dos pratos que mais faço em casa. Se por acaso eu tiver uma boa linguiça portuguesa, é a primeira receita que vou pensar em preparar para os almoços de final de semana com pai e filha, que adoram. Além de tudo, vai sempre bem com um tinto português, dos mais levinhos aos mais encorpados, dos mais ordinários aos mais classudos. Até com um paio vulgar a receita fica bem. Mas um belo chouriço lusitano, claro, faz toda a diferença, porque matéria-prima é tudo na cozinha, assim como na enologia (fazer um vinho medíocre com boas uvas pode acontecer, mas produzir um grande vinhos sem boas uvas é algo praticamente impossível). 
Pois ao arroz de pato eu fui apresentado no Antiquarius, há mais de dez anos, e esta é uma das minhas escolhas mais frequentes no elegante restaurante português do Leblon. Prato reconfortante, que rego com azeite, às vezes com um pouco de malagueta, e acompanho com um tinto alentejano, na maioria dos casos. 
Já pedi o prato algumas vezes em Portugal. Não que estivessem ruins, mas sempre preferi as versões brasileiras, mais molhadinhas.
- Quando cheguei ao Rio de Janeiro e abri o Antiquarius nos anos 1970 eu logo vi que precisaria adaptar algumas receitas, e o arroz de pato é um bom exemplo disso. As pessoas reclamavam que era muito seco, e passamos a servir mais molhadinho, como gosta o brasileiro - contou-me certa vez seu Carlos Perico.
Pois esta semana fui almoçar no Adegão Português, em São Cristóvão, um lugar que adoro, ams que acabo indo menos do que gostaria. O motivo do encontro era provar alguns dos rótulos de Carlos Lucas, que anda fazendo vinhos muito interessantes em diversas regiões portuguesas, em diferentes estilos, com preços bem atraentes, como o São Lourenço 2008, um tinto da Bairrada já apresentando boa evolução, que custa R$ 40, com boa fruta, taninos macios, um vinho elegante, calcário, com notas de alcaçuz e com boa presença, e acidez equilibrada. 
O sommelier Francisco Edcarlos Lopes, ou simplesmente Edcarlos, que vem se transformando em um dos maiores especialistas em vinhos portugueses do Brasil, conquistando vários prêmios e campeonatos (o mais recente foi de vinhos do Alentejo) recomendou o arroz de cordeiro à alentejana, e logo ganhou a minha provação. Alguém na mesa lembrou do arroz de pato. E eu emendei: 
- Olha, eu prefiro o arroz de cordeiro, porque eu já conheço o do Antiquarius.
- Mas o nosso é diferente, você vai gostar.
Não foi nada compicadoconvecer a mesa a fazer um pedido duplo. Elegemos, então, os dois, em fartas porções para duas pessoas. 
Amarelado pelo açafrão, úmido, mas não empapado, e com os grãos bem íntegros, no ponto exato de cozimento, tem a carne desfiada misturada a rodelas de bom chouriço, já bem douradinho, levemente tostado, com a gordura em grande parte já derretida, e descartada. Para temperar, cebola, tomate, cheiro verde, e umas azeitonas pretas (sem caroço) coroando a mistura. Que alegria. Ainda que já estivesse untuoso, ainda reguei o prato com o excelente azeite Principal, também produzido pela Premium Drinks. E umas gotas de pimenta. Fui ao delírio. Achei que é ainda mais gostoso que o do Antiquarius. Queria provar os dois juntos.


Ao lado, o arroz de cordeiro era ainda mais úmido, com uma coloração mais escura, resultado da utilização do molho do cozimento da carne, igualmente com cebola, tomate, cheiro verde, e umas azeitonas pretas (sem caroço). Desta vez, até dispensei o azeite. Mas não a pimenta. Na taça, o Terras do Pó Syrah-Petit Verdot 2009 (R$ 92), da Casa Ermelinda de Freitas, também feito por Carlos Lucas, e produzido na Península de Setúbal. Um vinho com textura, fácil de gostar, encorpado e com boa fruta, uns toques minerais e defumados, fino e macio, com um toque de ervas frescas, que tem presença, do alto de seus 14,5% de álcool.


Encerramos com um mineiro de botas, espécie de omelete, com queijo e banana, coroado com muita canela em pó. E o café.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Alentejo

Foi anunciado na passada 6ª Feira, dia 07 de Fevereiro, o vencedor do Concurso “O MelhorSommelier Vinhos do Alentejo no Brasil 2014”. Francisco Edcarlos Lopes, do restaurante Adegão Português, no Rio de Janeiro, foi eleito o vencedor pelos jurados: Dora Simões, presidente da CVR Alentejana, Rui Falcão, jornalista e crítico de vinhos português e ainda Duarte Calvão, o especialista gastronómico e diretor do festival anual “Peixe em Lisboa”.